terça-feira, abril 25, 2006

De graça, para quem quiser...

“Quem tem sede, venha. E quem quiser,tome de graça da água da vida” – são palavras de Jesus Cristo, registradas em Apocalipse 22.17. É o mesmo que encontramos no Evangelho de João 7.37: “Quem tem sede, venha a Mim e beba”.

Como é bom, quando necessitamos de alguma coisa, e alguém nos oferece de graça. Nós precisamos de tantas coisas, mas nem sempre podemos ter tudo. Jesus Cristo Se apresenta a nós como um Amigo que quer nos dar apoio e nesta vida cheia de dificuldades. Duas vezes Ele multiplicou pães e peixes e mandou Seus discípulos distribuírem à multidão que fora ouvir a Sua palavra. Desse modo Ele demonstrava, de modo objetivo e prático, que está interessado em nosso bem estar. Ele conhece a cada um. Além do alimento para o corpo, Ele nos oferece “água da vida”, aquela que mata a sede espiritual e diz, ainda, que quem crer nEle terá dentro de si mesmo, “...uma fonte de água que salte para a vida eterna”.

Ele oferece a todos, mas muitos não acreditam nEle. Porém Ele insiste e afirma: “Quem beber da água que Eu der,nunca terá sede... a água que Eu lhe der se tornará nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”.

Cristo oferece e dá tanto o sustento material como a água que bebemos, mas quer muito mais - que creiamos nEle para termos vida eterna, vida espiritual - uma qualidade de vida que nunca se acabará.

Aceite o convite e a oferta de Cristo!

terça-feira, abril 18, 2006

Poesias

Meu Senhor sofre
Maria Aparecida de Lima Osório

“Disse Jesus: A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal” - Mat 26.38
“Estando angustiado, Ele orou mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caiam no chão” - Luc 22.44

Num horto ermo,
Além do vale,
No cair da tarde,
Sozinho
Jesus sofre.

E o Seu sofrimento
Se traduz
Em súplica,
Em sangue,
Em agonia.

Prostrado, ora
O cálice da amargura
Penetra Seu ser.
O suor é sangue,
Sangue divino,
Vida que se esvai.

Pai, o Filho amado sofre
A angústia do mundo,
O terror do pecado,
A dor da maldade,
Da indiferença,
Da traição.

Meu Senhor sofre.
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Sorrir
Maria aparecida de Lima Osório

Se um dia eu quiser sorrir
Mas não sentir
A beleza do céu,
Do mar,
Das aves,
Das flores.

Se um dia eu quiser sorrir
Mas não sentir
O calor dos amigos,
Dos filhos,
Dos netos,
Meus amores.

Se um dia eu quiser sorrir
Mas não sentir
A alegria da atenção,
Da paciência,
Do carinho
De um amor.

Se um dia eu quiser sorrir
Mas não sentir
A certeza da fé,
Da esperança,
Da salvação
No Senhor.

Não devo sorrir.
Não será um sorriso
Mas um gesto vago,
Sem sentido,
Sem valor.

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Ao Deixar um Emprego Antigo
Maria Aparecida de Lima Osório
Agosto/97
No dia em que eu partir,
Quero reunir
As folhas da primavera
Que guardei no outono
Na arca-das-lembranças.

Quero reunir
As frases de amigos
Que guardei, sorrindo,
Na caixinha-de-música.

E as muitas horas tristes, feias,
De dor e sofrimento cheias,
De inimigos – ou falsos amigos –
Não as terei para guardar.

Grandes, pesadas, imensas,
(Por que maiores do que as outras,
aquelas dos amigos meus?)
Não tive forças para retê-las
E as entreguei a Deus.

Eu as encontrarei nos céus.
Então estarão leves, belas,
Transformadas pelas mãos de Deus.

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terça-feira, abril 11, 2006

O Sentido da Vida

"Eia agora vós, que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” (Carta de Tiago 4.13-15).

Que sentido tem a vida humana? Que sentido tem a vida de cada um de nós?

É certo que nenhum de nós tem algum poder sobre a duração de sua própria vida. Não marcamos o dia em que haveríamos de nascer, nem nos cabe marcar o dia de morrer. A vida pertence a Deus – “Nenhum de nós vive para si mesmo e nenhum morre para si... de sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Romanos 14.7-8).

Entretanto cabe a cada um de nós escolher algo fundamental quanto ao tipo de vida que viverá. As Escrituras falam de dois tipos de pessoas – as que temem a Deus, e as que não O temem (Salmos 103.6-11, e 13-18). Temer a Deus é reconhecer que Ele é o Todo-Poderoso, e Juiz de todos nós; é respeitá-Lo obedecendo a Leis que Ele estabeleceu para reger a nossa vida e o nosso relacionamento com Ele mesmo e com o próximo. Essa Lei está resumida nos 10 mandamentos sem excluir nem um só deles. Temer a Deus significa reconhecer tanto a justiça como a misericórdia de Deus, e por isso amá-Lo e honrá-Lo.

Através dos tempos o homem tem feito uso dessa liberdade que Deus nos dá, de escolher o tipo de vida que queremos viver. O mundo sob o fascínio de Satanás, o enganador, nos pressiona para viver ignorando Deus e a Sua Lei. Mas nós temos condições de resistir a essa pressão do mundo. Ninguém é obrigado a viver fazendo o mal, assim como também Deus não obriga ninguém a honrá-Lo. A escolha é nossa.

As Escrituras estão cheias de exemplos disso. Caim e Abel eram irmãos; Caim matou seu irmão porque quis, mas de Abel dizem as Escrituras: “alcançou testemunho de que era justo” (Hebreus 11.4). Enoque, que viveu centenas de anos depois, viveu de modo tão santo diante de Deus, que “não conheceu a morte” (Hebreus 11.5); Deus apenas o levou para junto dEle (Gênesis 5.24). A carta aos Hebreus, no capítulo 11, fala de Abraão, de José, de Moisés e de tantos outros que escolheram viver “com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado”.

De Abraão, com um exemplo, a Bíblia registra: “morreu velho e farto de dias e foi recolhido a seus pais”, mas 2 Crônicas 21.20 registra a respeito do rei Jeorão, de Israel: “E foi-se sem deixar saudades”; todos os reis do Reino de Israel foram assim, porque apostataram da fé. Qual desses exemplos convém seguir?

Que tipo de vida temos vivido? Que tipo de vida estamos vivendo? Uma vida dedicada à glória de Deus, ou dedicada ao gozo do pecado e da incredulidade? Vida dirigida por Deus, ou por nós mesmos?

Deus sempre chamou ao arrependimento os que estavam errados. Em Salmos 95.7-8, Deus nos conclama: “não endureçais os vossos corações” e Jesus Cristo nos convida: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11.28-29). Em João 6.37, afirma: “...o que vier a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora”.
Hoje pode ser o dia da reconciliação com Deus, de você e de qualquer que reconheça que tem andado e vivido longe dEle. Paulo exorta em 2 Coríntios 5.20: “Rogamo-vos, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus”. Reconcilie-se com Deus! Onde você está, fale com Deus reconhecendo que é pecador, pedindo-lhe o perdão e a nova vida que só Ele pode dar.

terça-feira, abril 04, 2006

A Igreja Não é Empresa

Volto a escrever sobre este assunto porque é cada vez mais necessário clamar contra a deturpação do sentido da palavra e da instituição da Igreja.

“Eklecía”, Assembléia, é o Corpo (Ef 3.6; 1Co 12.13, 24-27) cuja cabeça é Cristo, e nós somos seus membros e órgãos (Ef 4.15-16).

Igreja é a família de Cristo (Ef 3.14-15). É a instituição estabelecida por Cristo e fundamentada sobre Ele mesmo e Sua palavra – Mt 16.16-18. É o povo de Israel, do Antigo Testamento, após o cumprimento das promessas sobre o Messias; é o Israel de Deus resgatado pelo sangue de Cristo – 1Pe 1.18-19.

Mas apesar de todo o claro ensino das Escrituras, há os que transformam a Igreja – seja a local ou a nacional – em clube, em empresa.

Como o fazem? – Desviando a Igreja de seus objetivos maiores de glorificar a Deus servindo-O, de pregar o Evangelho e cuidar das ovelhas de Cristo.

A pregação do Evangelho torna-se parcial e deixa de ser integral; ou é “evangelho social” ou é “evangelho verbal”, em lugar de ser “Evangelho Integral”. Então esquece-se a função salvadora e transformadora do Evangelho e a Igreja passa a ser um clube que precisa crescer, ou uma organização política que precisa politizar as massas, ou apenas uma empresa que precisa dar lucro e sustentar seus executivos. É a secularização da Igreja, promovida pelos “mercenários” referidos por Cristo em Jo 10.11-12.

Em função disso, despreza-se a “piedade que para tudo é proveitosa” (1Tm 4.8). Passa a interessar à Igreja-empresa especialmente aquele crente que tem boa fonte de renda, e esquecido aquele que precisa ser ajudado. O dízimo começa a ser pregado como patrimônio da Igreja-empresa, não mais como “do Senhor” (Lv 27.30 e 32). O objetivo principal é a própria Igreja que começa a viver, arrecadar e gastar consigo mesma. O pastor passa a ser um executivo que precisa ganhar como tal e ser um bom administrador. E então se esquece do ensino de Pedro em 1Pe 5.1-2. A ganância passa a ser a principal motivação do “executivo”. O cajado do pastor – Sl 23.4 – deixa de ser usado para socorrer e defender a ovelha e passa a ser usado para espancar a ovelha considerada rebelde porque ousa discordar do pastor, ou apenas ousa requerer sua assistência.

A essa altura, não há mais escrúpulos de consciência; o que importa é garantir o êxito da política implantada.

Pense sobre o assunto, tome uma posição acertada e defenda-a corajosamente.